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Como o live shopping está revolucionando as vendas online?

Homem comprando com o celular.

Sumário

Os novos formatos de lives lembram os canais de compras de televisão ao vivo, só que desta vez, as compras são online e não acontecem apenas à noite, mas em todas as horas do dia. As transmissões, que geralmente acontecem através de plataformas de vídeo, como YouTube ou Instagram, assumem vários formatos, desde game shows a tutoriais de maquiagem, e são produzidas por influenciadores digitais ou celebridades que recebem o apoio de marcas fortes em vários segmentos. Não apenas os produtos são demonstrados ao vivo, mas os espectadores também podem comprar os itens enquanto assistem ao programa, além de tirar todas as suas dúvidas, utilizando recursos visuais, que somente uma ação ao vivo consegue proporcionar, com a acessibilidade e a praticidade de poder conversar com um especialista no produto/serviço que está sendo apresentado.

No Brasil, a rede Lojas Renner aderiu ao formato. Durante o mês de julho, Fernanda Paes Leme foi quem apresentou o primeiro Live Shopping da Renner. Enquanto a artista falava das novidades da loja, os produtos anunciados eram destacados na parte inferior do vídeo e o consumidor poderia adquirir com apenas um toque no celular.

As Lojas Americanas também não ficaram de fora dessa tendência e estrearam o projeto “Americanas ao vivo”. Nele, blogueiros e influencers fazem lives reviews para o público demonstrando os produtos. Se o cliente gostar do que está vendo um card estará disponível no vídeo para que ele possa realizar a compra. Tudo enquanto continua assistindo a live.

O Facebook, como uma das principais plataformas de social media e publicidade digital do mundo, lançou um recurso chamado Lojas, para apoiar essa tendência. Dentro da ferramenta, haverá a possibilidade de realizar compras ao vivo, permitindo que comerciantes criem um catálogo cujos produtos serão mostrados na parte inferior do vídeo, durante a live, para que as pessoas possam clicar e efetuar a compra. Em um primeiro momento a funcionalidade será lançada apenas nos Estados Unidos, sem previsão de chegar ao Brasil.

Americanas, Renner e Facebook são apenas algumas das empresas que aderiram ao Live Shopping. Mas é na China onde as compras online atingiram seu desenvolvimento pleno. A Live Commerce deverá ser responsável por vendas de US$ 123 bilhões em 2020, mais do que o dobro dos US$ 60 bilhões faturados em 2019, de acordo com projeção da consultoria chinesa ChoZan.

Live + e-commerce = Live Shopping 

As mudanças provocadas pela covid-19 aceleraram a entrada das grandes marcas brasileiras em um novo modelo de divulgações: a tendência global ditada por influencers e youtubers. Lives que funcionam como um desfile ou tour pela loja física, onde apresentadores, modelos e especialistas dos produtos apresentam as novidades e promoções especiais ao vivo.

A novidade, que já era uma tendência em ascensão na China, ganhou impulso com a pandemia. Sem poder sair de casa, 524 milhões de chineses assistiram a conteúdos de Live Shopping só este ano, calcula o instituto iResearch. 

Um relatório da consultoria Deloitte estimou que o mercado de Live Shopping já vale por volta de 4,4 bilhões de dólares. Plataformas como o Taobao Live (Alibaba), Douyin (TikTok) e Kuaishou (Kwai) controlam 80% deste mercado na China. Para muitos especialistas esse é o futuro do e-commerce, já que milhões de usuários preferem tirar dúvidas e interagir com os vendedores online do que fazer compras sozinhos, sem “curadoria”, em marketplaces apinhados de ofertas tão variadas que, às vezes, é difícil achar o que se precisa.

Moda e beleza: o paraíso do Live Shopping

A indústria da beleza foi uma das primeiras a perceber o potencial do Live Shopping. Uma das principais vantagens é exatamente a possibilidade de o público interagir com os vendedores. Afinal, fazer perguntas sobres os produtos e obter as respostas na hora têm um efeito positivo nos consumidores, aumentando ainda mais o vínculo entre a marca e clientes. Além disso, as marcas podem aproveitar a influência das grandes blogueiras e influencers do mercado para engajar o público.

Segundo o Euromonitor International, em 2019, o Brasil era o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. O país fica atrás dos Estados Unidos, China e Japão. Entre 2013 e 2018, houve crescimento de 24,5% em valor de vendas no varejo.

De acordo com o estudo da Social Miner, em 2018, o mercado de beleza teve uma representatividade em vendas de 35,78% no e-commerce brasileiro. Sendo que, somente o setor de moda atingiu 17,89% das vendas. Os compradores de roupas e acessórios gastaram, em média, R$ 319,60, enquanto quem comprou itens de beleza e saúde desembolsou cerca de R$143,20 por transação.

Chat-commerce + Live shopping

Entretanto, as marcas não precisam ficar dependentes do computador, ou da disponibilidade de apresentar os produtos no canto inferior dos vídeos no momento em que as lives estão ocorrendo. Uma das melhores opções para incrementar as vendas durante as transmissões é o chat-commerce. Através dele, os vendedores podem conversar com os clientes enquanto a live é apresentada. Uma das possibilidades que surgem com as vendas via chat é a criação de coleções de produtos, desse modo, os vendedores podem mostrar um catálogo de produtos a seus consumidores, além de fornecer mais informações. Ademais, a força de vendas pode realizar estratégias de upsell cross sell, além de finalizar a venda diretamente pela conversa.

Nesse sentido, é imprescindível preparar as marcas para estarem adequadas às tendências de mercado. Afinal, um mercado que, somente na China, deverá movimentar mais de 120 bilhões de dólares, com certeza não deve ser desprezado. Afinal, é preciso aproximar as marcas dos consumidores e, com certeza, um dos primeiros passos para iniciar essa aproximação é conectar vendedores de lojas físicas a consumidores digitais através de canais de chat. 

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